Alessandra Gonçalves – Um grande exemplo feminino na pesca esportiva
Olá meus amigos pescadores,
Eu, Alessandra Gonçalves, sou pescadora esportiva. Minha pesca predileta é a de peixes redondos com cevadeira (tambaquis, tambacus e pacus) e a de peixes de couro, com anzol de fundo (pirarara, cachara e pintados). Pesco há vários anos em diversos pesqueiros de São Paulo, geralmente os que têm os maiores exemplares, como: Taquari em São Roque, Castelinho em São Pedro, Córrego das Antas em Glicério, Maeda, Tio Oscar, Matsumura e, recentemente, o 3 Irmãos em Itariri, próximo a Peruíbe.
Tirar da água um grande exemplar é sempre uma vitória para qualquer pescador esportivo, quando acontece, é de disparar o coração de qualquer um. É pura adrenalina.
Centro de Pesca Taquari
Vou relatar algumas pescarias que fiz e das quais mais gostei. Em dias de muita ação, peguei vários exemplares de tambas entre 15 kg e 31 kg no pesqueiro Taquari; localizado na cidade de São Roque, a 1h da capital paulista; a maioria na cevadeira e chicote de fluorcarbono, 0.35 e 0.37, mais ou menos de 3 m, bóia guia, miçanga café com leite, marrom fosco e coquinho.


Outro peixe de destaque que pesquei lá foi um dourado de 11 kg que brigou muito e deu vários saltos! Para este peixe estava com uma tralha que consistia em vara de 30lb Clarus da Shimano, carretilha Cronarch da Shimano com linha monofilamento 0.40mm, bóia foguete e chicote de 1m de fluorcarbono 0.57 com anzol robaleiro e salsicha como isca.

Pesqueiro Castelinho
No castelinho, localizado na cidade de São Pedro, fica a 3h da capital e é famoso pelas pirararas “nervosas”. Numa noite de pesca cheguei a tirar 8 pirararas em torno de 15 a 60 kg, fora as que perdi e as que arrebentaram a linha. A tralha era composta por carretilhas de perfil alto e varas 60 e 80lbs, linha de 0.60 a 0.80mm com anzóis 8/0 e 9/0. Como iscas, usei tuvira viva, pedaços de peixes e peixes pequenos, tilápias e piaus, de 200g.

A agressividade da pirarara se mostra ao pescador já no momento em que ela abocanha a isca. Dificilmente cutuca de maneira lenta, ao contrario, a puxada é rápida e veloz. Quando fisgada, leva muita linha em segundos, sempre em busca de enroscos ao seu redor, por isso as varas têm que estar muito bem ”apoiadas” e amarradas para não ter perigo de perdê-las. Nesse pesqueiro, durante o dia, pesco os “tambas” na cevadeira, com miçangas, sementes de açaí ou caroço de azeitona. Vou experimentando até encontrar os peixes, depois de acertada a isca e a cor, a quantidade de ”tambas” que são fisgados é absurda! Ao final do dia os braços chegam a doer.

Pesqueiro Córrego das Antas
No Córrego das Antas, localizado na cidade de Glicério, a 530 km da capital, também não é diferente. Lá existem tambaquis ”vitaminados” e muitas pirararas. Foi onde pesquei meu troféu: um tambaqui de 33 kg. Foi pura “ignorância”. É o peixe redondo mais violento que existe. Vencê-lo foi uma grande proeza. No domingo, logo ao amanhecer, fui pescar os tambaquis e os tambacus do porte de 8 a 25 kg. No comecinho da noite tirei uma pirarara de 25 kg e mais tarde saiu um dublê, eu tirei uma de 30 kg e meu companheiro de pesca tirou de 40 kg, foi uma briga e tanto! Saíram também algumas cacharas e pintados. Na segunda feira adiamos nossa partida em virtude do bom dia de pesca e valeu a pena! Comecei a cevar bem cedo sempre no mesmo local. Pequei dezenas de exemplares de 15 a 26 kg. Os gigantes pareciam estar em cardume naquele local, mas perdi muitos também.

O mais nervoso e o maior de todos foi o meu troféu: perto das 17hs da tarde, mesmo com os borrachudos me “comendo viva”, não tive coragem de parar para passar o repelente de tão boa que estava a pescaria. Já pensando em desistir, pois havia pego vários exemplares bons, avistei uma onda enorme onde estava cevando. Ai eu pensei “O que? Vou atrás desse bruto!“ e não deu outra! Logo arremessei bem em cima e foi “batata“, logo na batida o monstro entrou e quando ele se sentiu fisgado, esvaziou o carretel com uma velocidade impressionante, se a carretilha não estivesse bem regulada, só haveria duas possibilidades: ou ele iria para onde bem entendesse ou arrebentaria a linha.

Minha sorte foi que ele veio de encontro. Fui recolhendo com velocidade para não afrouxar a linha e não perdê-lo. Depois de 40 minutos de briga, ele se entregou. Quando foi retirado aquele lindo monstro amarelo, um tambaqui impressionante e muito grande. Quase do meu tamanho! Rs! Constatei que foi o maior que já tinha visto. Os pescadores que estavam ao redor ficaram “de cara” com o tamanho do peixe. Todos quiseram tirar fotos. O material de pesca que usei foi vara de 30lb Clarus da Shimano; carretilha Calais; linha monofilamento 0.35; cevadeira gigante da Barão; chicote de fluorcarbono 0.57mm de 3m com bóia guia e anzol pequeno cutting point da owner com miçanga bege.

Pesqueiro 3 Irmãos
Infelizmente roubaram as minhas tralhas com todas as minhas carretilhas, 3 de perfil baixo e 4 de perfil alto. Fiquei muito mal com isso, pois foi gasta muita grana e era meu xodó. Aí desanimei um pouco de pescar e fiquei parada durante 3 anos, estou retornando agora.
Aos poucos, estou comprando minhas tralhas novamente… Recentemente eu e meu parceiro de pesca, Omar, estamos, freqüentando o pesqueiro 3 Irmãos, localizado na cidade de Itariri, litoral Sul de São Paulo, onde fui muito bem recebida pelo Alemão e o Adriano, dono do pesqueiro. Nota 10 a direção do pesqueiro!

O Pesqueiro 3 Irmãos é um excelente pesqueiro e oferece ótimas oportunidades de excelentes brigas com grandes tambas que, segundo o Adriano, podem chegar até 30 kg. No local é servido almoço tipo comercial com opções de carne, frango e filé de tilápia e o arroz e feijão são muito gostosos, alem de porções, pasteis e salgados, cervejas, águas e refrigerantes. E se quiser da pra fazer churrasco na beira do lago! É só levar a churrasqueira. E não esqueça o repelente, boné, óculos e protetor solar, essenciais para não passar nervoso.

A situação geográfica do pesqueiro proporciona uma temperatura de água mais alta em relação a outros pesqueiros, a qualidade da água é muito boa, por esse motivo pega o ano todo, e o tanque principal tem um ótimo tamanho, muito bom pelos seus tambas nervosos, em pouco tempo já peguei vários exemplares bons. Teve um dia que engatei peixes de 16 kg, 18 kg, 19 kg, 21 kg e 22 kg.
Foi engraçado por ter sido em seqüência, um atrás do outro. Deu até tendinite no meu braço pelo esforço que fiz… Lá não tem tempo ruim! Todos os dias que fui, eu e meu companheiro de pesca, Omar, engatamos vários tambas nervosos.
Os peixes encontrados no lago principal: Tambacus muitos, tambaquis poucos, pacus, patingas, traíras, tucunarés, muitas tilápias, dourados poucos, e logo, para nossa felicidade, segundo o Adriano, vai ter pirarara! Não vejo a hora! Rs.
Equipamentos utilizados: Varas Clarus 30lb 2.70m, carretilhas de perfil baixo Titan 12000 e Contender GTO Ocean Big Game.
Técnicas utilizadas: Modalidade cevadeira com bóias barão 60 e 65g, chicote fluorcarbono 0.50 de 2.50m com bóia guia na miçanga com e.v.a e chicotinho de 40 cm com anzol (chinu, gamakatsu ou cutting point) direto na linha.
Iscas usadas: Beijinho, miçangas café com leite, branca, marrom, vermelha, coquinho, caroço de azeitona e guabi na pinga.
DICAS PARA FISGAR OS GRANDÕES:
·Não economize na ração para cevar; ·A precisão do arremesso é fator capital, arremessar sempre no mesmo local para ficar cevado e chamar os grandões; ·É importante ressaltar que para capturar um troféu desses é fundamental muita paciência e dedicação, pois é comum ter que fazer vários arremessos para encontrar o peixe; ·A briga costuma ser longa e bruta. Não há lugar para precipitações; ·Tambaquis e pirarara não há ”meio termo”! Com eles, ou você domina a violência das suas primeiras arrancadas, ou coleciona mais uma daquelas histórias “perdi um peixe grande”
Abraços
Alessandra Gonçalves
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