Pousada Santa Rosa – Uma semana com os valentes peixes de couro do Rio Teles Pires

Local: Pousada Santa Rosa – Rio Teles Pires – MT Data: 10 a 15 de março de 2010.

Olá amigos

Nesta terceira parte de nossa aventura pelo Rio Teles Pires, pela Pousada Santa Rosa, vamos mostrar como foi nossa semana em busca dos grandes peixes, porém enquanto se espera os maiores, a festa é garantida com os pequenos peixes de couro que são fisgados a todo o momento. As iscas podem variar entre os pedaços de peixe, tuviras e minhocoçus. E em praticamente todos os pontos de pesca tinha alguém puxando um jaú, barbado, jundiá, cachara ou uma pirarara. Todas na mesma medida, na média de 3 a 6 kg. Ora batia no equipamento pesado que estava a espera dos brutos, ora batia nos equipamentos mais leves propícios para este tipo de pescaria.

Estávamos com varas de 20-40 libras, com carretilhas e linhas 0,40 mm e 0,50 mm, assim a briga era garantida e com boas tomadas de linha. Nesta região do Rio Teles Pires, bem próximo à Pousada Santa Rosa, o rio é bem largo e com águas mais calmas, bem diferente da situação das águas bravas nas quedas rio acima. Aqui dezenas de grandes poços garantem a pescaria dos peixes de couro

A Pirarara e o Jaú atacam muito bem nos pedaços de peixe. Já as cacharas preferem as tuviras e os Jundiás vão atrás dos minhocoçus. Isso não é uma regra, mas é o que normalmente acontece. Uma pescaria que fizemos muito e com ótimos resultados principalmente com as cacharas e algumas pirararas foi a pesca vertical com as tuviras. Com o barco apoitado, você apenas desce a tuvira até encostar no fundo e vai jigando (dando pequenos toques de ponta de vara) e recolhendo lentamente, praticamente o mesmo trabalho que se faz na pesca de mar com os JumpingJigs, só que em um trabalho mais lento. Foi fatal para algumas espécies esse trabalho com as tuviras.

Essa pescaria é bem divertida porque nunca se sabe o que pode vir na ponta da linha, além das dezenas de espécies que existem no Teles Pires, em um equipamento mais leve pode bater um grande jaú, uma piraíba ou uma gigantesca pirarara, nunca se sabe. E se isso acontecer, pode dizer Adeus a sua linha rsssss. Outro motivo que faz desta pescaria uma festa é a quantidade de peixes que se fisga durante o dia. O anzol usado em média foi o 5/0 e 7/0, um pequeno cabo de aço de 80/120 libras. As carretilhas usadas foram a Abu Garcia, Magna 5000 e Calcutta. Todas com linha entre 0,40 e 0,50 mm E essa quantidade de peixes foi porque rio estava muito cheio, pois segundo o nosso guia, o Sr. João, quando o rio está mais baixo, mais vazio, as ações triplicam. Imaginem só.

Com certeza nesta região do Teles Pires você vai fazer uma das melhores pescarias de sua vida. A abundância de peixes realmente é algo que nossa equipe não esperava encontrar nesta viagem, isso porque não fotografamos todos os exemplares. No comecinho da noite, até as 19 h que era a data prevista para retornarmos para a pousada, a ação era muito boa dos peixes de couro e sempre saia alguns exemplares para fechar a pescaria.

Depois de estar de volta à Pousada, banho tomado e pronto para o jantar, os viciados aqui sempre deixavam 2 varas armadas no deck que fica a poucos metros do restaurante. No primeiro dia, fomos dormir e pela manhã, encontramos uma linha 0,90 estourada e a outra carretilha quase sem linha, esticada para a margem. Na segunda noite, estávamos jantando e o alarme da carretilha disparou, o Cleber saiu correndo e quando ele chegou no Deck o peixe soltou, isso porque tinha puxado mais de 70 mts de linha 0,90 mm. Na terceira noite, aconteceu a mesma coisa, mas o Cleber conseguiu chegar a tempo e tirou uma bonita pirarara.

Agradeço ao Nelinho e ao pessoal da Pousada Santa Rosa por toda hospitalidade.

Abraços!

Marcio David

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