Kiki Turismo - Uma espetacular pescaria em Minas Gerais com o Fishingtur
Local: Pesqueiro Fazenda Kiki – Pedro Leopoldo – MG Data: 26 e 27 de setembro de 2012
Olá Amigos,
Nossa equipe, desta vez com a presença de Marcio David, Adimir David, Felipe Mattos e Léo Paturi, saiu de São Paulo de carro em uma viagem super tranquila pela Rodovia Fernão Dias, seguindo até a cidade de Belo Horizonte, onde seguimos as placas para a cidade de Pedro Leopoldo, cerca de 40 km de BH.
Chegamos a Fazenda Kiki por volta das 9:00h da manhã, fomos muito bem recebidos pelo amigo Pierre e seus familiares, os quais preparam um ótimo café da manhã.
Na sequencia levamos nossas coisas para os chalés e seguimos rapidamente para o lago esportivo. O clima estava frio e estávamos vindo de uma semana com temperaturas baixíssimas, mas acreditando no potencial da Fazenda Kiki, começamos a montar os equipamentos.
Não demorou muito e o Pierre apareceu com a sua mais nova invenção, o "Lancha-nete", ou seja, uma barco, uma lancha, o qual recebeu rodas e motor e hoje está servindo como lanchonete na beira do lago. O Pierre então nos trouxe 2 baldes de ração e o isopor com bebidas.
Nos acomodamos em dois quiosques e aos poucos os equipamentos estavam montados.
EQUIPAMENTOS
Montamos equipamentos médio-pesados para a pesca das Pirararas, com varas de 30 a 100 libras e carretilhas de perfil redondo com linhas 0,45 a 0,50mm. Entre elas:
Vara Ugly Stik Tiger Lite 6'3" - 50-100lbs - Shakespeare Carretilha Record - Abu Garcia Linha mono 0,50mm
Vara Ugly Stik 6'6" - 12-30lbs - Shakespeare Molinete com linha mono 0,40mm
Para a pesca dos redondos com as bóias cevadeiras, usamos varas de 6'6" a 7'0" de 15 a 30 libras.
Outra modalidade bem diferente e que aqui na Fazenda Kiki tem ótimos resultados, é a pescaria de barranco, que nada mais é do que deixar a vara no suporte na posição horizontal e apenas descer a isca até a água, deixando-a na superfície (salsicha, pão, sebo ou ração), desta forma a isca ficava de 50cm a 1,5mts do barranco.
Para esta modalidade usei dois conjuntos da Abu Garcia:
Vara Vendetta 6'3" - 8-17lbs - Abu Garcia Carretilha Revo S - Abu Garcia Linha mono 0,37mm
Vara Verdict 7'0" - 12-25lbs - Abu Garcia Carretilha Revo Premium - Abu Garcia Multi 65lbs
ISCAS
Para as Pirararas, montamos as varas apenas com chicotes de 40cm de linha mono 0,50 e 0,60mm com girador e anzol modelo 12146-MS 6/0 e 8/0. As iscas para as Pirararas variaram de cabeça de tilápia e pedaços de tilápia.
Nas bóias cevadeiras usamos apenas os tradicionais eva's com miçangas nas cores caramelo, marrom e cor de ração. Montamos as bóias cevadeiras gigante e grande com 2 mts de linha mono 0,45mm, boinha e 4 evas e miçanga no anzol wide gap 3/0.
A pescaria de barranco foi feita com sebo, pão e salsicha flutuando. Usamos a salsicha também para arremessos no meio do lago com ótimas fisgadas.
O conjunto com salsicha flutuando foi montado somente com o anzol worm, anzol de blackbass direto na linha da carretilha.
Os conjuntos para a pesca com o sebo e com o pão foram montados com anzol direto na linha da carretilha ou com um pequeno chicote de linha mono 0,45mm com anzol modelo 12 146-MS 4/0 a 5/0.
PESCARIA
Reparem nos horários de cada foto e veja as sequencias das fisgadas.
Depois de todos equipamentos montados, iscados e arremessados, ou deixados na beira do barranco, começamos a pescaria com bóias cevadeiras. Bastou poucos arremessos para já ver uma grande movimentação no meio do lago.
Veja as fotos a seguir e tente imaginar tudo o que passamos nestes dois dias de pescaria na Fazenda Kiki. É de fazer inveja...

A cada copada era um festival de peixes na superfície e podemos dizer que nesta manhã, a cada 3 arremessos, era um peixe fisgado. Lembrando que não fotografamos peixes abaixo de três kilos. Sempre nos chicotes com eva's e miçanga. Nós estávamos cevando bem no meio do lago.

Até que uma das varas de nosso amigo Léo envergou. A Massa Carnívora Paturi a 15mts da margem rendeu uma boa briga e garantiu a primeira Pirarara da pescaria e o primeiro exemplar da espécie de nosso amigo Léo, fazendo dublê com um tambacu do Sr. Adimir.

A medida que o sol ia esquentando a manhã que estava gelada, os peixes começaram a subir cada vez mais. A esta altura estávamos colocando só um pouquinho de ração nas cevadeiras e era suficiente para garantir dezenas de tambas na ceva. Era esperar e garantir a fisgada na hora certa.

As 13h escutamos o sino do restaurante, recolhemos as varas e seguimos para saborear a típica cozinha mineira. Fomos recebidos no restaurante por toda a equipe da Fazenda Kiki, sempre com muita alegria, prosa e piadas.
O almoço, só de lembrar já me dá fome, comida caseira de ótima qualidade e um ambiente totalmente familiar fazem da Kiki uma ótima opção para o amigo pescador e toda a sua família.
Depois do almoço retornamos ao lago, mesmo com muita preguiça, mas bastou o primeiro arremessar a cevadeira para os peixes explodirem na bóia, motivo de todos mandarem a preguiça embora e começarem os arremessos.
Vários Tambacus até que o Sr. Adimir fisgou um Tambaqui, facilmente diferenciado na briga mais forte e rápida até que o verdão encostou na margem. O Felipe também fisgou uma bela tilápia nos eva's.

Na parte da tarde deixei um pouco a pescaria de cevadeiras e dei atenção maior para as varas que estavam com as iscas no barranco, eram duas varas minhas e duas do Felipe, todas bem perto uma da outra.
Coloquei uma cadeirinha atrás e fiquei na espera. A todo momento grandes tambacus passavam por ali bem abaixo das iscas, rodavam, iam e vinham mas não atacavam.
Alguns até chegavam até a isca (salsicha e sebo) mordiam bem de leve, mas ao sentir a linha ou a vara envergando, soltavam rapidamente.
Diminui o tamanho das iscas e deixe todas metade dentro da água e metade fora da água, mas os ataques manhosos ainda não estavam dando resultados.
Voltei então a pescaria com cevadeiras garantindo mais alguns exemplares. Fiz um arremesso com a salsicha flutuando a uns 10 mts da margem e fisguei mais um bom redondo.

Passando das 17h, voltei a focar a pescaria na margem. Agora a cada 2 minutos era um grande tambacu que tentava morder a isca, mas já chegava com medo e não arrastava tudo. Alguns até envergavam a vara todinha, mas soltavam.
O jeito foi abrir a fricção e deixar as varas soltas, e foi aí que bem em minha frente apareceu um tambacu muito grande, na verdade eram dois, um deles com mais de 25kg tranquilamente. Eu estava quase que com a mão na carretilha e ele ali a menos de dois metros de distância. O grandão subiu, mordeu a salsicha, envergou a vara e lentamente começo a puxar a linha, mas balancei a vara para tirar do suporte e ele soltou. O impressionante é que mesmo com a força para envergar a vara e puxar a linha, ele soltou a salsicha intacta.
Foi só ele soltar a salsicha e eu esticar a linha e o outro subiu lentamente, deu tempo de soltar o carretel e ele abocanhou a salsicha, envergou a vara e deixei ele descer com a isca. Travei o carretel e fisguei com suporte e tudo e foi fatal, o bicho estava preso e tomando linha. Foi até difícil de tirar a vara do suporte mas consegui. Uma boa briga e o grande brancão apareceu na margem.
Aqui na Kiki é comum ver esses grandes Brancões passeando perto da margem em busca de comida.

Enquanto eu estava tirando as fotos, o Sr. Adimir fisgou um belo redondo na vara que estava armada para Pirarara com cabeça de tilápia a uns 15mts da margem. Uma boa briga até que outro brancão.
Carinhosamente apelidamos esses brancões de "Tambacu Polar" rsrsrsrs.

Continuei na pescaria de barranco, fisguei mais um tambacu no sebo na margem, seu Adimir outro nos eva's e o Felipe foi presenteado por outro Tambacu Polar Gigante que também atacou o sebo que estava na margem, este veio com raiva dando uma explosão na margem envergando demais a varinha da Abu Garcia. O Felipe estava mais perto e fez o trabalho de brigar com o bicho.
Enquanto ele estava brigando com o Polar, outra varinha que estava com salsicha na margem envergou, só ouvimos o barulho da fricção. Corri, fisguei e tirei uma bela e legítima Cachara, belo peixe.
Só depois disso é que o gigante Polar encostou na margem e vimos que realmente era um gigante.
Já estava quase escuro quando montei novamente as iscas na margem, mas não demorou nem dois minutos e novamente vejo outro grande tambacu tentando morder a salsicha, mas manhoso. Fui abaixado até a vara, abri o carretel e segurei no dedo, assim que ele abocanhou a salsicha aliviei o dedo e deixei ele levar um pouco, travei o dedo e com a outra mão dei um tranco na vara. levei um contra ataque queimando meu dedo de tanta linha que ele puxava e com o carretel aberto. Consegui travar e a briga ficou de igual prá igual. Era mais um grande exemplar de Tamba na margem.

Depois disso não tivemos mais ações na margem com os tambacus. Decidimos então nos dedicar a pescaria das Pirararas.
Os equipamentos estavam com as iscas (pedaços ou cabeça de tilapias) na margem, a 5 mts ou no meio do lago e tivemos ações em todas as distâncias.
Entre um peixe e outro, o Pierre chegou com a Lancha-Nete nos trazendo quatro ótimas porções: -Batata-Frita -Bolinho de Mandioca -Frango a Passarinho -Filé de TIlápia com Bacon
E bem em meio a nossos petiscos é que elas mais resolveram aparecer. Um festival de Pirararas.

As 20h o vento forte e gelado chegou rápido, não tivemos opção a não ser colocar as blusas e jaquetas. Mas não desistimos.
Eu e o Felipe decidimos em pegar os equipamentos mais leves para arremessar as cabeças de tilápia bem no meio do lago e rapidamente fisgamos dois grandes tambacus e eu ainda trouxe uma pirarara, estes bem no meio do lago.

O Léo já estava quase indo dormir quando uma de suas varas ficou literalmente no chão de tão envergada que ficou, uma puxada de linha forte e o peixe já estava quase do outro lado do lago, minutos e minutos de briga até ver a gigante na margem. O Paturi em sua primeira pescaria de Pirararas e já fisgando um exemplar o qual pesamos nos equipamentos para pesar peixes de couro de nossos amigos Luiz e Bruno Pirarara, esta marcou 24,400kg.

O frio estava ficando insuportável, mas queríamos tirar pelo menos mais uma pirarara e foi o que aconteceu, passando da meia noite minha varinha com pedaço de tilápia a 5 metros da margem envergou e a saideira da noite apareceu.

Eu e o Felipe ficamos até a 1:30h, porém sem ações e com muito frio. Subimos então ao acolhedor chalé da Fazenda Kiki para um breve descanso.
Na manhã seguinte acordamos as 8h para um ótimo café da manhã, mas o vento estava muito forte e o frio estava demais, parecia as manhãs de inverno.
O jeito foi ficar de bate-papo ou voltar a dormir. Descemos para o lago já eram mais de 10h da manhã, mas mesmo assim, sem muita coragem de começar a pescaria, realmente estava frio e com muito, mas muito vento.
Aos poucos alguns peixes foram subindo na ceva e o Sr. Adimir engatou o primeiro exemplar.
Eu passei a manhã com a salsicha flutuando em volta do lago, tinham muitos tambas passeando a uns 4 metros da margem. Eles até chegavam até a salsicha, mas olhavam e íam embora ou mordiam bem na pontinha da salsicha tirando-a do anzol. Estavam manhosos.
Comecei a iscar então vários pedacinhos de salsicha ao invés de um único pedaço e até que deu certo, eles abocanhavam com mais vontade, mas perdi mais de 5 fisgadas.
Subimos para o almoço, apostando na pescaria na parte da tarde.
Depois do almoço o Sr. Adimir e o Léo começaram a cevar bem no meio do lago e novamente dezenas e dezenas de tambacus de 3 a 5kg sendo fisgados. Eu e o Felipe optamos em cevar bem no canto do lago e para nossa surpresa vimos grandes exemplares subindo. o Felipe fisgou o primeiro, o peixe correu para o meio do lago muito rápido, uma briga pesada e com grandes corridas, com certeza era um grande exemplar, mas acabou escapando.
Continuamos cevando no canto do lago e fizemos uma boa sequencia de tambacus com um porte maior, todos na cevadeira com eva's.

No final da tarde voltei a dar atenção nas varas que estavam com as iscas na margem. Notei que os grandes tambas, principalmente os Polares chegavam a morder o pedaço de sebo na superfície, mas rapidamente sentiam o peso da vara e soltavam, pois mordiam sempre fora do anzol.
Pensei, pensei e quebrei a cabeça para tentar achar um jeito e fiz algo que deu certo.
Peguei um pedaço de sebo e o cortei em tiras, cada uma com 5 cm mais ou menos. Isquei 2 delas e passei para a linha, as outras três cobri o anzol. Assim, consegui deixou todo o anzol embaixo da água e apenas o pedaço da linha na superfície, assim o tambacu abocanhava todo o anzol de uma vez e não ficava manhoso por causa da linha ou por pegar a isca na superfície, ou seja a 5 cm prá baixo o resultado foi melhor. Mas foi importante deixar os pedaço na linha acima do anzol, pois em outro equipamento deixe o sebo para baixo e o peixe chegava perto mas ao ver a linha rebojava e não atacava.
Eu e o Felipe fisgamos dois grandes exemplares nesse esquema com o sebo na margem.

Já estávamos completamente satisfeitos com a pescaria mas ainda fisgamos mas alguns exemplares no final da tarde e começo da noite.

Recomendamos a Fazenda Kiki a todos os amigos pescadores que querem desfrutar de um lugar muito tranquilo, familiar e com muitas ações durante o dia e noite.
A Fazenda Kiki oferece um ótimo serviço de hospedagem e refeições.
A equipe Fishingtur estará em breve novamente com o amigo Pierre e seus grandes peixes.
Abraços e boas pescarias
Marcio David
Fotos por Marcio, Adimir, Felipe e Léo Edição e texto por Marcio David
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