Fishingtur Selvagem - A Amazônia é sem sombra de dúvidas, o lugar onde nossos sonhos se tornam real
Local: Rio Cuiuni e Rio Alegria – Barcelos -Amazonas
Olá amigos!
Meu nome é Marcio David, nesta segunda parte de nossa viagem ao Amazonas, especificamente em Barcelos, onde subimos o Rio Cuiuni, seguindo pelo Rio Alegria. Os primeiros dias de nossa aventura já tinham sido maravilhosos, isso porque as águas do Cuiuni estavam altas demais e o Alegria estava com níveis nada satisfatórios, mas a medida que subíamos, a pescaria foi se revelando em grandes ações.
Agradecemos antecipadamente a nossos patrocinadores e parceiros que nos ajudaram em nossa aventura, valendo destacar um de nossos equipamentos que fizeram a diferença pelo menos em minha pescaria, pesquei nesses dias com a Carretila Revo Premier da Abu Garcia com multi 65lbs e uma vara de 25 libras confeccionada pelo nosso amigo Leal Custom. Agradecemos antecipadamente a todos os nossos patrocinadores e colaboradores que fizeram desta viagem uma grande aventura.

Nossa viagem foi feita em 11 dias efetivos de pesca nas águas de Barcelos, nossa equipe estava formada por 8 pescadores, sendo cinco integrantes do Fishingtur e três grandes amigos. O nosso barco-hotel, pequeno e simples, se comparado aos grandes barcos do Amazonas, subia o Rio Alegria com força total, como o calado era baixo, conseguimos seguir viagem, subindo o Alegria por dias, o que nos possibilitou pescar em lugares muito preservados e que poucos haviam pescado. A quantidade de peixes fisgados nesses dois dias que estou relatando (3. e 4. dia) foram de impressionar. Começando por nosso amigo Gilberto Chudi e Mário, que fisgaram belos Popocas, Borboletas e Pacas, usando as iscas da Deconto e os Jig’s da Extreme Jig’s.

O Júnior fisgou um belíssimo Tucunaré Paca, este de cor acobreada, muito diferente e muito bonita, seguida pelo Mario com mais um Borboleta e um Popoca, ambos nas iscas de sub-superfície. Isca preferida pelo Mário nesta manhã.

Já com a isca Zig Zara de nosso grande amigo Nelson Nakamura, o Júnior fisgou em sequencia mais dois belos exemplares. Isca esta, que não pode faltar na tralha de qualquer pescador que pretende ir ao Amazonas.

Neste mesmo dia, na parte da tarde o Felipe fez companhia ao Júnior e juntos fisgaram mais uma série de bons peixes nas águas do Rio Alegria, inclusive um grande Borboleta fisgado no Jig, uma Aruanã e um Jacundá. Isso sem falar nas dezenas de traíras.

Na saída de um dos lagos, o Júnior teve uma boa ação na isca de superfície, porém sem acerto, o Felipe não perdeu tempo e arremessou uma isca de meia água e um forte tranco denunciava que tinha peixe bom na ponta da linha, fisgou e a linha começou a cortar a água em alta velocidade até que um gigantesco Tucuna salta, e as pernas do Japa começam a tremer, era uma grande exemplar, que insistia em ir para as galhadas, seria este o primeiro grande peixe do Felipe, o qual estava indo ao Amazonas pela primeira vez. Nesse momento a perna treme, os minutos parecem ser horas, e a cada salto do peixe o coração acelera. É uma mistura de adrenalina, medo e angústia, até que o gigante é preso com o alicate e embarcado, aí sim, é momento de relaxar e comemorar. Sei exatamente o que ele sentiu fisgando esse grande tucunaré, o seu primeiro Tucunaré Açu no Amazonas.

O Felipe estava usando duas varas customizadas pelo Leal Custom, ótimos equipamentos que garantiram o sucesso da pescaria. Pescar com segurança no equipamento é fundamental. Ele e o Júnior fisgaram mais alguns bons exemplares de Tucunas e um belo Trairão.

Eu comecei meu dia mais tranquilo, com poucas ações. Passamos uma boa parte da manhã varando lagos e tentando achar novas opções, mas sem grandes resultados. Fisgue muitas traíras, bastava arremessar bem encostado do barranco e lá estava a bocuda atrás da isca. perdi duas iscas esta manhã, duas zig zaras do Nakamura. Uma em um ataque furou em dois lugares e a outra, simplesmente foi arrancada da linha pela grande traíra. Até que achamos um cardume de pequenos Tucunarés e ali ficamos alguns minutos nos divertindo, era arremessar e fisgar. Por mais que pequenos, o Tucunaré tem o poder de ativar nossa adrenalina. A cada arremesso, a cada fisgada, cada tucunaré fisgado se torna um momento inesquecível na vida de um pescador. E o momento de soltar, as vezes, é mais prazeroso do que fisgar. Pescar e Soltar, Sempre !!

Eu e o Felipe chegamos a um lago muito calmo e com águas rasas, fizemos alguns arremessos, mas sem ações. Até que no fim do lago, no meio de muitas raízes eu perdi um bom ataque, mas que o Felipe compensou no outro arremesso, onde duas fortes pancadas trouxeram duas boas traíras, ambas na mesma isca. Arremessei no mesmo ponto e outra pancada e estava feito o nosso triple de traíras. Foram dois arremessos e três peixes fisgados. Neste mesmo local, o Felipe tirou um belo exemplar de Tucuna, este no Camarão Flex, isca muito interessante e com bons resultados nos raseiros e saída de praias.

Ainda pela manhã, em uma pequena saída de lago, fizemos alguns arremessos. Eu Estava com a Vara Lumis de 25lbs e a Carretilha Revo Premier da Abu Garcia. A isca era uma hélice da Jenner Lure, vermelha e preta. Alguns arremessos e algumas rebojadas até que uma forte explosão levou minha isca para baixo e eu fisguei, só qu eo peixe ao invés de correr e saltar, veio em direção ao barco, recolhi o mais rápido que pude, mas ele passou por baixo do barco e foi pra dentro do mato estourando meu multi de 65 libras. Só percebi que era um grande exemplar pela pancada e pela velocidade do animal. Levantei a cabeça (com cara de bunda,rsss) o Felipe e o Dino, nosso guia estavam com cara de bobos me olhando.
Realmente foi impressionante a performance desse peixe. Enfim, montei novamente o conjunto, e coloquei a mesma isca, da mesma cor e começamos os arremessos novamente. Esse local estava bem cheio e parecia que as águas estavam profundas, porém com muitas galhadas. Fiz um daqueles arremessos que você pensa:- “Nossa, nunca mais acerto um desses”, comecei a trabalhar a hélice e na terceira puxada um vulto amarelão apareceu atrás da isca e atacou, mas errou, mais uma trabalhada na isca e novamente, mas errou de novo, nesse momento eu já não sabia mais o que fazia, aperna tremia, o braço não respondia e ao dar mais um toque na isca uma explosão fez a água literalmente voar e minha linha esticar.
O peixe começou a tomar linha para a lateral, estava indo em direção a galhada. Dei uma segurada e um lindo salto nos confirmou ser um gigante Açú. Segurei novamente, ele nadava bem na superfície, o tempo todo dava para ver o lindo animal. Mas ele era forte e virou novamente para a galhada. Segurei e ele saltou, nesse momento a vara literalmente explodiu, fiquei somente com 10cm de vara e o cabo com a carretilha. Entrei em desespero, pois o peixe ainda estava muito bravo, mas nesse momento nosso guia Dino já estava com o barco no meio do lago e eu apenas tive que manter o peixe até cansar. Foram segundos de tensão (acho que horas, rsss) até que o Felipe tirou o magnífico Açu da água. Pra que ser fácil, se o peixe pode dificultar. O Tucunaré testa os limites técnicos e psicológicos do pescador e é isso que faz esse peixe ser surpreendente.

O dia realmente estava a meu favor, agora, estava com a Vara customizada de 20 libras confeccionada pelo nosso amigo Leal Custom, em conjunto com a Carretilha Revo Premier da Abu Garcia, equipamento este que fez total diferença para a excelência nos arremessos e na brutalidade para segurar cada animal. Entramos em um grande lago, porém somente pequenas ações de traíras e popocas, mas na saída do lago, agora com a Zig Zara do Nakamura, ao passar por uma árvore que estava caída, uma bonita pancada fez a varinha envergar antes mesmo de eu fisgar, uma corrida rápida para a esquerda e depois para a direita, e um pequeno salto, porém de peso. Era outro Açu de bom tamanho nas águas do Rio Alegria. O meu dia não poderia estar sendo melhor.

A pescaria estava boa, muitas ações dos menores como os Popocas e Borboletas e quando menos esperava entrava um exemplar maior, os Açús, os legítimos e temidos Tucunarés Açús do Amazonas. Eu tive o privilégio de fisgar o terceiro exemplar, este também na Hélice do nosso amigo Jenner Lure e mais uma vez tivemos ações dos grandes peixes apenas na boca das lagoas. Mais um Açú pra foto e mais um peixe devolvido a água. Pescar e Soltar Sempre !!!

O dia foi uma festa, os cardumes de Borboletas e Popocas faziam a diversão. Eu e o Felipe perdemos as contas de quantos exemplares fisgamos neste dia. Foi um bom momento para testar todos os tipos de iscas e sempre com peixes fisgados.

Na parte da tarde, os menores deram uma parada, mas nós incansavelmente continuamos com os arremessos, desta vez somente com as hélices. Estávamos bebendo uma refrigerante e saindo de um grande lago, o Felipe fez um único arremesso e após trabalhar um pouco a hélice veio a explosão e em seguida apenas ouvi o barulho da fricção cantando. Como o lugar era limpo, a briga foi tranquila, porém muito forte. Esse peixe brigou no fundo, não saltou, o que nos deixou pensativo até que o grande amarelão apareceu pranchado na superfície. Era um Tucunaré muito grande, aí sim o Japa abriu um sorrizão. Belo Tucunaré Açú. Nosso barco estava abençoado neste dia, muitos tucunarés grandes.

Em todo final de tarde, era comum pararmos os barcos todos juntos para beber uma cerveja e bater um papo, contar as mentiras. E os viciados de plantão já arremessavam as iscas e varas pesadas para os peixes de couro. Nesta tarde, o Rogério estava apenas com o equipamento de tucuna, com vara de 25libras e carretilha de perfil baixo com muito de 65 libras. Abusou da sorte e arremessou uma posta de traíra, e não é que rapidamente a varinha envergou e vimos toda a sua linha indo embora. A sorte foi que o guia ligou o motor e conseguir ir atrás do peixe, era uma briga pesada em um equipamento leve. O peixe enroscou duas vezes nas galhadas, mas acabou saindo. Depois de mais de 25 minutos de briga vimos a gigantesca Pirarara boiar. Era a do “Rabo Vermelho” marcando presença e de uma forma inusitada. Podemos dizer que foi sorte sim, pois em uma tralha leve em um rio cheio de galhadas, pegar um peixe deste tamanho, não é pra qualquer um não. Isso é Fishingtur !!!!!

Voltamos para o barco, jantamos e descansamos para poder continuar a batalha na manhã seguinte. Meu companheiro nesta manhã foi o Gilmar. Logo cedo paramos em uma grande praia, uma grande remanso e com águas não muito rasas. Fiz um arremesso com a hélice e depois outro, no terceiro arremesso em direção a praia, já perto do barco uma explosão nos despertou para mais uma dia de fortes emoções. Uma briga forte, mas limpa, abri a fricção e deixei o bicho brigar. Era um bonito Tucunaré Paca. Uma ótima maneira de começar o dia.

O Gilmar pescou a maior parte do tempo com a Zig Zara, garantindo assim bons exemplares de Borboletas, Popoca e Jacundás. Nesta manhã fisgamos no mínimo, umas 30 traíras e mais duas iscas perdidas.

Os grandes Tucunarés não deram as caras, apenas ouvíamos as explosões no mato, mas nada de atacar as iscas, enquanto isso, os menores faziam a festa, eram Pacas, Popocas, Borboletas e as terríveis traíras.

Os braços já estavam doendo de tantos arremessos e de tantas fisgadas, mas o desejo de fisgar um exemplar acima dos 10 quilos, os famosos “dois dígitos” passava por cima de qualquer dor. Os arremessos eram cadenciados, metro a metro em busca da explosão, em busca da adrenalina. Iscas e mais iscas, equipamentos, trabalhos de iscas, a cada momento, a cada instante, todos com um único objetivo, o grande Tucunaré Açú da Amazônia. Os exemplares menores ajudavam a passar o tempo e nos divertiam até que um dos grandes aparecerem. Fisgamos mais alguns bons exemplares de Tucunas e uma bonita Aruanã.

Após o almoço, e agora com a força de nossos parceiros ( Pesqueiro Tio Oscar na camiseta) e (Abu Garcia na viseira) começamos os trabalhos fisgando alguns tucunarés e um bonito Jacundá. Tucunarés. Isso é Fishingtur !!!
O Amazonas é realmente um paraíso, lugares maravilhosos, animais, águas transparentes, algumas cenas, alguns momentos ficam marcados pela beleza e pela pureza.

A pescaria seguia sem os gigantes, mas com muitas ações, foram vários double de tucunas e aruanãs, vários exemplares fisgados com a Zig Zara, Perversa, e flash.




Mais um fim de tarde e fomos recebidos em nosso barco com um belo churrasco. Agradecendo a natureza e a Deus por mais dois dias repleto de peixes. Em breve a terceira parte de nossa aventura com muitos peixes fisgados inclusive os grandes Tucunarés da Amazônia. Aguardem!
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Marcio David Equipe Fishingtur
Fotos: Silvio, Marcio, Junior, Rogerio, Felipe. Mario, Gilmar e Papareli. Texto: Marcio David Edição: Marcio David
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