Rio Araguaia – As surpresas deste fascinante paraíso dos gigantes
Local: Rio Araguaia – Luiz Alves – Goiás Data: Junho de 2012
Hotel Fazenda Primo Adão – Goiás
Olá Amigos,
Nesta matéria, Eu, Bruno Bonin e meu grande amigo Bruno Cia, depois de muitas pesquisas e indicações, inclusive de nosso amigo Marcio David, aqui do Fishingtur, o qual nos indicou os trabalhos do Guia Nica, estivemos no maravilhoso Rio Araguaia. Depois de muita ansiedade, chegou o grande dia de nossa viagem marcada com quase cinco meses de antecedência, planejamentos e sonhos para pescarmos pela primeira vez no famoso rio Araguaia com toda a orientação do Nica, nosso amigo e piloteiro que passou todas as dicas para buscarmos o nosso grande troféu, a Piraíba.
Saímos de Americana-SP para pegarmos um voo em Campinas-SP com destino a Brasilia – DF, lá alugamos um carro, andamos mais uns 600 km até Luiz Alves – GO, mais 40 km de estrada de terra e tivemos nosso primeiro contato com o Rio Araguaia e com o Nica que veio nos receber de barco para nos levar para o Hotel Fazenda Primo Adão, nossa base da pescaria. Tínhamos cinco dias de pesca no rio e muita expectativa, nossa noite não passava com as histórias do Nica e com o Arnildo, dono da pousada que nos fez sentir em casa com tamanha hospitalidade e amizade. Preparamos nossa tralha e estávamos prontos para nosso primeiro dia de pesca.
As cinco da manhã, após tomarmos nosso café, encostou o barco do Nica pronto, que já estava inclusive com as iscas e bem animado para começarmos. Então vamos para água, já ficamos bem assustados com nossos anzóis Mustad 12/0 e uma Curimba de 800 gr como isca, mas lá é assim mesmo é tudo muito bruto!!!!!
Queria ver alguns botos, e vi, muitos e também queria não vê-los mais, hahaha, só quem pesca lá sabe o quanto são bonitos e o quanto atrapalham a pescaria de peixes grandes roubando inúmeras iscas e atrapalhando os pontos de pesca. A dedicação foi exclusiva para as Piraíbas, uma pescaria de muita paciência e sangue frio, passamos o dia trocando de ponto e aguardando uma hora ou mais em cada ponto de pesca sempre com o Nica nos orientando. E foi assim que passou nosso primeiro e segundo dia sem ação nenhuma e dedicados ao extremo ao nosso troféu. A nossa conversa no barco já tinha virado uma terapia e já estava no limite, ninguém falava com ninguém, mas nosso amigo Nica nos dava ainda entusiasmo para continuar e no nosso último ponto as 19:30 horas do segundo dia, o barulho mais aguardado da pescaria, um fricção cantando na minha Penn 345 GT2, alguns minutos de briga e nosso primeiro grande peixe, uma Pirarara de 1,42 mts de aproximadamente 40 kg, nos faz esquecer tudo que aviamos passado e a alegria tomou conta do nosso barco, muitas fotos e fomos dormir com a missão cumprida.
Estava difícil não mudar a estratégia porque próximo a nossa pousada tinha um enorme cardume de Piau, Curimbas e consequentemente Surubins em volta podendo passar um excelente dia de pesca por ali. Mesmo assim, mudamos a estratégia na quarta-feira para descansar um pouco. O Nica e o Adilson, irmão do Arnildo dono da pousada nos levaram a um grande lago de caminhonete para passarmos um dia batendo iscas artificiais, uma bela escolha.Após 8 km de Arranha Gato e trieiro de gado chegamos a nossa lagoa, o Lagoão, como eles a chamam.
Trabalhamos somente com iscas artificiais de superfície e tivemos muitas, mas muitas ações de Piranhas, Tucunarés e lindas Aruanãs, quase incontável a quantidade que pegamos, exemplares de 3 a 4,5 kg com mais de 1 metro de comprimento, “dubles” e tudo que tínhamos direito. Todos os peixes foram soltos e dois exemplares de tucunarés fizeram o nosso almoço no lago. O quarto dia de pesca chegou, o barco estava “leve”, estávamos todos bem, e o Nica estava mais que doido para pegarmos nossa Piraíba, pegamos as iscas e passamos a manhã trabalhando e nada, almoçamos na pousada e o Nica saiu com Adilson para pegar mais iscas, eles achavam que deveríamos variar mais os tipos de peixes, chegaram com Traíra, Mandubé(Palmito), Jaraqui e Curimba. Voltamos para a água de novo, três varas e três iscas diferentes, paramos num ponto um pouco acima do Hotel Fazenda Primo Adão e lá aguardamos. Vinte minutos depois a melhor imagem do dia, uma vara envergada e uma corrida de peixe mais do que veloz, fricção trabalhando e carretilha saindo fumaça……..é ela!!!!
Assim começou a batalha com nossa primeira Piraíba, tomada de linha, barco solto da poita e muita força. Trabalhei uns 15 minutos com ela e o braço moeu, doía tudo, não conseguia recolher um metro de linha, o meu parceiro Bruno Cia entrou na briga e foram mais 20 minutos de batalha com toda a orientação e incentivo do Nica, quando se aproximou do barco a cabeça do mandubé estava na linha, imediatamente o Nica tirou para que as piranhas não cortassem a linha, e toma linha e corre para o meio do rio… Peguei de novo a vara, brigamos mais alguns minutos e então fomos para a praia, o Nica entrou na água também esperando o momento certo para pega-lá, era um monstro do rio, após quase 50 minutos de briga intensa, ficamos espantados com o tamanho daquela Piraíba, foi emocionante, a adrenalina tomava conta de nós, é uma mistura de dever cumprido, beleza, esforço, satisfação… Acho até que é indescritível este momento, a foto fala por si só.
Tiramos muitas fotos com orientação e cuidados do Nica, que prezou a saúde do peixe todo o tempo, ainda ela foi marcada com numero 0277, trabalho maravilhoso de 15 piloteiros (grupo Só Piraíbas e outros) e o IBAMA, marcando estes peixes e tomando suas medidas, isca utilizada e local onde foi capturada. Esta nossa foi pega acima do Hotel Fazenda Primo Adão, com Mandubé (Palmito) de isca e medindo seus incríveis 2,20 mts, peso estimado em 150 a 170 kg. Devolvemos ela ao Araguaia e mergulhamos agradecendo ao rio nosso presente e fomos comemorar na pousada. Focados e agradecidos, pescamos nosso ultimo dia buscando outra Piraíba, trabalhamos duro de novo, muitos pontos, várias iscas, muita expectativa, mas sem ação. Voltamos para a pousada à noite com nosso troféu na cabeça, assim finalizou nossa pescaria no rio Araguaia com novas e excelentes amizades no Hotel Fazenda Primo Adão e com o Nica, nosso parceiro, amigo e grande pescador que nos acompanhou nesta viagem que pode ter sido a melhor pescaria de nossas vidas.







Abraços!
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