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Pesqueiro Castelinho - Show de pirararas e belas imagens

Local: Pesqueiro Castelinho - São Pedro - SP Data: Dez/2015 Olá Amigos, Demorou quase 5 anos, mas finalmente voltamos ao local que me fez e ao meu sócio iniciarmos a idéia da Penn Raiba Carretilhas. Pirararas tão grande e fortes, e num lago com tantas vantagens pra elas, como água muito oxigenada e enroscos de diversos tipos e em vários locais, fizeram deste um local simplesmente histórico, e forçaram muitos pescadores a "re-pensar e re-montar" toda a tralha que usavam até então; nem preciso falar que eu e Daniel estamos dentre eles, e ainda acabamos indo um pouco mais longe, criando a partir dessa necessidade nossa empresa que hoje além de nossa paixão é também nosso meio de vida. Por tudo isso o Castelinho foi e continua sendo a grande “Meca” das Pirararas em pesqueiros, e a Penn, a marca lendária para pesca realmente pesada, hoje muito mais conhecida e procurada no Brasil devido ao nosso empenho em facilitar o acesso à informação e aos equipamentos dessa marca tão diferenciada. Um local fantástico como o “Castelo”, como é carinhosamente conhecido por muitos, merecia também imagens em foto e vídeo que pudessem realmente representar o que o pescador vai encontrar ao se aventurar por lá, assim nosso amigo Jean Coqui da Amental Fishing foi literalmente intimado a participar desse nosso retorno; “convite” aceito por ele com mais empolgação do que imaginávamos, afinal já estava doido pra conhecer de perto, de tanto que ouvia a gente falar e contar causos, hehe. Também nosso amigo e cliente desde o início da empresa, Rodrigo Milanez, estava conosco na maior parte da pescaria, colaborando e muito na troca de experiências já que é um freqüentador quase semanal de lá e conhece as pirararas até por nome! Rsrs Seguem algumas imagens do local pra vocês verem um pouco do que se trata.


A PESCARIA Vamos começar então pelos equipamentos utilizados. Como são muitas as situações de pesca que podem ser encontradas por lá, levamos também tralhas bem diversificadas, e colocarei a seguir aquelas que mais foram utilizadas por cada pescador. Equipamento utilizado - Pirararas: Jean - Vara Star River Pintado 1,95m 50lbs com carretilha Penn Raiba Jigmaster 500 e linha Max force 0,62mm - Vara Star River Jau 1,95m 80lbs com carretilha Penn Raiba Senator 11 2/0 e linha Max force 0,70mm - Vara Star River Combat 1,80m 180lbs com carretilha Penn Raiba Long Beach 67 e linha Max force 0,92mm Felipe e Daniel - Vara Star River Combat 1,80m 180lbs com carretilha Penn Raiba Special Senator 113H 4/0 e linha Lasso 0,85mm - Vara remontada pelo Fishing custom, fibra de vidro maciça e 1,80m com carretilha Penn Raiba 25GLS e linha Max force 0,70mm - Vara Star River Jau 1,95m 80lbs com carretilha Penn Raiba International 12LT e linha Lasso 0,74mm - Vara Albatroz Caranha 3,00m 60lbs com carretilha Penn Raiba 555GS e linha Lasso 0,66mm (conjunto para arremesso, pesca diurna com bóia e isca viva) - Vara Century Triforce 1,95m 120lbs com carretilha Penn Raiba Squall 60LD e linha Max force 0,92mm - Vara Century Triforce 1,95m 120lbs com carretilha Penn Raiba Formula 15LD e linha Max force 0,92mm Rodrigo - Vara Okuma Convector 80lbs com carretilha Penn Raiba 45GLS-LH e linha Trilon Tournament 0,90mm - Vara MS Evomax 60lbs 1,98m com carretilha Penn Raiba 225LD e linha Equilon 0,70mm - Vara MS Evomax 50lbs 1,83m com carretilha Penn Raiba 320LD e linha equilon 0,70mm Carpas húngaras no Ultra-Light (UL) - Varas Amental Fishing UL 4-6lbs 2,30m, ações rápida e média rápida, com molinete daiwa micro e quantum XR0, linhas owner broad 0,24mm e D.A.M. 0,18mm Carretilhas Usadas: Penn Squall 60LD - Penn Special Senator 113H Penn Senator 111 - Penn Jigmaster Penn International 12LT - Penn 555GS


Penn 320LD - Penn 225 LD Penn 67 - Penn 45 GLS Penn 25 GLS - Penn 15 LD


Anzóis: Para Pirararas sempre utilizamos o Mustad 92553 de 6/0 a 9/0, variando o tamanho dependendo da isca utilizada. Testamos já inúmeros anzóis e estes de longe são os que trazem melhor produtividade no nosso estilo de pesca (usando o strike); já para pescar com a carretilha travada na espera, modalidade que pessoalmente não gostamos, mas é também muito utilizada, recomendamos os circle hook ou semi-circle. O Rodrigo utilizou anzóis Big River 7/0, e Super Maruseigo 30. Para as carpas utilizamos anzóis maruseigo 16 Iscas: Este é um ponto sempre muito importante em qualquer pescaria, e em pesqueiros é bom lembrar que devido à grande oferta de alimento os peixes se tornam mais seletivos, podendo mudar de cardápio de uma hora pra outra, sendo importante levar uma grande gama de iscas para tentar encontrar o que eles querem naquele dia. Nesta pescaria levamos de tudo, desde salsicha até ovo cozido, mas as iscas que obtivemos mais sucesso foi de longe o pacu. O ideal são pacus de 1 a 2,5kg. A cabeça costuma ser a melhor parte, assim a abrimos no meio para gerar duas iscas. O restante também é muito eficiente, mas deve-se tirar todas as nadadeiras para facilitar as fisgadas, e iscar só pela pontinha da pele, já que o couro do pacu é bem duro e não rasga facilmente. Corte o lombo do começo ao fim seguindo a espinha dorsal, e depois corte essa bela tira de carne de duas a 4 partes (dependendo o tamanho do peixe). Cabeças de tilápia e curimba também tiveram efeito, mas muito menos que os pedaços de pacú. Para as carpas utilizamos a massa Amental sabor Amendoloco, ponto de consistência bem mole. Lembrando que é expressamente proibido matar peixes do lago do Castelinho para iscar! Caso queira pescar e comprar um peixe do lago para isso, consultar primeiro a administração! A Pescaria começa! Finalmente na beira do lago, equipamentos afiadíssimos, iscas frescas (fora as podres, rsrs), é hora de começar a pesca. Posicionamos-nos logo na direita da entrada, entre o primeiro bambuzal até pouco depois da direção do píer, e espalhamos nossas varas a cada 3m, como manda a norma do pesqueiro. Começamos com todas as iscas de fundo, e testando distâncias entre 5 e 25m da margem, já que ainda estava de dia, e conforme foi caindo a tarde fomos aproximando as iscas para a pesca noturna, que geralmente tem muito mais ações entre 50cm e 5m da margem (acreditem, muitas vezes a isca fica até mesmo visível, com menos de 50cm de água). Não demora mais de duas horas pra primeira Penn cantar, e em segundos o Daniel já está com a Formula 15LD nas mãos sentando o braço na primeira pirarara da pescaria. Já de cara era uma bonita, provavelmente da segunda geração (são 3 gerações no lago), e que já rendeu uma briga espetacular, com tomadas de linha violentas e cheia de vontade em direção ao píer, e com uma velocidade incomum pra pirararas; mas pro azar dela pegou no nosso conjunto mais pesado, assim não teve muitas chances de chegar ao enrosco que elas tanto amam, apesar de ter conseguido esquentar a 15LD, e deixar o pescador de perna bamba na beira do lago, acreditando que fosse um monstro muito maior do que realmente era. Já deu pra refrescar nossa memória: como os peixes deste lago são fortes!


Pirarara devidamente fotografada e solta, e isca novamente na água. Nesse momento já estava escurecendo, e nosso amigo Rodrigo acabava de chegar e já armava suas tralhas pra aumentar ainda mais as chances de capturas pro grupo, já que pescamos sempre em “rodízio”, ou seja, independente de qual vara tenha ação, seguimos uma ordem fixa pras fisgadas, assim todos saem da pescaria tendo fisgado mais ou menos o mesmo número de peixes, afinal pescaria pra gente é cooperação, não competição. Com o fim de tarde começaram também as seguidas ações, e pirararas na linha! E agora era uma pirarara a cada alarme escutado, suficiente pra todos os 4 integrantes do grupo brigassem com ao menos uma das Rainhas dos Pesqueiros, a “madame do rabo vremeio” como diria nosso amigo Marcio David aqui do Fishingtur. Digo isso pois durante a tarde tivemos algumas ações meio esquisitas, que largavam um pouco antes de fisgarmos, e até mesmo aconteceram algumas fisgadas em falso daquelas de quase cair pra trás; peixe correndo com a isca, pesando na linha, e quando fisga parece que nem anzol tinha... Coisa bem incomum pras pirararas, principalmente as ogras de lá. Provavelmente algumas dessas ações eram de redondos, que não conseguiam abocanhar as iscas grandes direcionadas pras pirararas, e outras delas eram de pequenas pirararas comendo sem vontade, só botando na boca pela facilidade ao encontrar o alimento, mas largando em qualquer sinal de algo errado. Durante a noite isso não mais aconteceu, cada corrida foi uma fisgada certeira.



No fim da madrugada as ações diminuíram, e acabamos cochilando bem no horário que costumas ter ações das grandes, entre 4:30 e 6:00 da manhã; fui então acordado do jeito que o pescador de pirararas mais adora, com o alarme da Penn cantando!! E na International 12LT, carretilha compacta mas fortíssima como qualquer uma da série International, e a saída de linha com o peixe tomando é de uma maciez impressionante, muito gostosa a briga numa carretilha dessas. A pirarara não era das grandes, mas o prazer foi imenso, e só estava começando um dia que as ações não paravam, mesmo debaixo de sol quase “vulcânico”!


Logo que soltamos esse primeiro peixe fui verificar as linhas e iscas, e logo lembramos de outros casos que sempre ocorriam: dormiu na beira do lago, pirarara bate e leva até o píer. Duas de nossas linhas estavam enroscadas e já arrebentadas no píer, como antigamente... Uma delas era linha 0,70mm, e a outra uma 0,92mm, diâmetros que uma pessoa normal tem muita dificuldade em arrebentar, e elas conseguem fazê-lo aparentemente sem nenhum esforço, impressionante! Sempre travamos as carretilhas quando vamos dormir pra não deixar que peixes engulam as iscas, e consequentemente os anzóis, e também pra não perdermos linhas e aumentar a chance de captura, mas como acabamos por cochilar devido ao cansaço da viagem, esquecemos de fazer isso e o resultado foi esse. Nas noites seguintes nós lembramos e isso não mais aconteceu. Com o sol já presente é hora então de mudar a estratégia e afastar as iscas para acompanhar as pirararas que durante o dia costumam ir para lugares com menor luminosidade, como as partes mais fundas do lago e embaixo de estruturas. Por incrível que pareça ainda estava arremessando a terceira vara quando a primeira já puxou! E na sequência, em um período de menos de 1 hora, outras duas pequeninas valentes foram fisgadas e soltas. No início da manhã sempre fisgávamos um ou outro exemplar por lá, mas 3 pirararas em 3 arremessos e menos de 1 hora foi um pouco além do imaginado. Após essa sequência veio aquela mais do que esperada pausa na ação das araras, e logo aproveitávamos um delicioso churrasco na beira do lago; pescador também sofre! Rsrsrs Na parte da tarde bastou o sol diminuir um pouco e diversas pirararas foram fisgadas, todas elas da terceira geração, pequenas que estão comendo com tanta voracidade que devem passar dos 25kg em menos de dois anos! Dentre as divertidas capturas das menores uma batida mais lenta e constante denuncia uma provável pirarara de maior porte. Mais uma vez o sortudo da vez foi o Daniel, e de novo na Jigmaster 500 do Jean. (com 12 conjuntos sendo usados, e 28 pirararas fisgadas (27 retiradas da água, uma perdida pois a linha foi cortada nos dentes de um dourado ou redondo), creio que 8 ou 9 foram nessa carretilha “benzida”). Essa travou uma briga de respeito, com corridas além de muito fortes também muito velozes; adrenalina à flor da pele, briga bonita de se ver. Mais alguns minutos de cabo de guerra e a linda rainha se apresenta pra seção de fotos com o pescador realizado, de braço moído, mas com sorriso estampado no rosto.


Mal soltamos esse peixe e outra Penn Senator canta alto, com a mesma isca e basicamente no mesmo ponto, cubo de pacu a cerca de 20m da margem, sem chumbo nem nada. Briga muito boa na leve 112H que o Jean havia acabado de colocar no lugar da 67 que perdeu o anzol no enrosco. Com linha Camou line 0,60mm e vara 50lbs de fibra de vidro, bem flexível, a esportividade foi lá em cima, uma briga de igual pra igual! E logo mais um belo peixe-arara nos braços do pescador abobado de alegria.


Mais alguns peixes menos expressivos fisgados e soltos e a noite tão esperada chegara. Iscas renovadas e aproximadas do barranco, e começa a espera; horas se passam, trocas de iscas e distâncias são feitas, e... nada das pirararas! Temos ouvido falar bastante que por lá “se uma noite bate muito, na outra não bate nada”, e parece que pra nossa infelicidade essa superstição estava se concretizando. Estava, porque ao menos uma bela pirarara daquelas “barriga preta”, apareceu pra quebrar o silêncio e alegrar o grupo que já estava inquieto. Peixe extremamente saudável, forte, e com uma barriga imensa! Reparem nas fotos o tamanho do bucho da gulosa!! E foi isso, uma única ação na noite toda, mesmo com 12 conjuntos e diversas iscas na água, e depois de um dia com muitas ações mesmo com sol forte; pra mostrar que definitivamente não existem lógicas na pescaria, e sim tendências.


Como na primeira noite perdemos peixes que poderiam ser dos bons por termos cochilado, passei a madrugada acordado, ainda que sem ações. Quando estava quase amanhecendo acabei por não agüentar e acabei dormindo, mas fui acordado nem uma hora depois pra ajudar o Rodrigo e o Daniel que estavam com um dublê na linha! Os conjuntos do Rodrigo, que até então pareciam estar de folga, resolveram mostrar serviço; foram 3 pirararas fisgadas, uma em cada conjunto, e duas delas ao mesmo tempo nesse dublê. Eu ainda estava tonto depois de apenas uma hora de sono após de mais de 24h acordado, e fiz o que pude pra tirar as fotos e auxiliar os amigos que dormiram bem e já estavam a toda! Seguem as fotos das duas belas araras dessa manhã.


Após a soltura desses peixes as linhas foram novamente afastadas da margem, e mais uma vez o resultado foi imediato! Mais duas ou três (sinceramente foram tantos peixes que não lembro detalhes de cada captura, desculpem!) pequenas e belas pirararas foram fisgadas e soltas, mostrando que nesse horário elas realmente estavam saindo da margem pra vorazmente buscar alimento e abrigo mais pro meio do lago. Este terceiro e último dia foi o mais quente de todos, fazendo com que até os pescadores diminuíssem a ação; muito sol, ar muito quente, e nada de vento, clima difícil de suportar sem perder o humor. Pensamos então na técnica de pesca diurna com bóia e isca viva no meio do lago, com varas de 3,00m de comprimento e carretilha Penn para arremesso, que nesse caso foi uma excepcional Penn 555GS. Com as tilápias vivas tivemos apenas alguns alarmes falsos de peixes redondos, os quais apenas matam e mutilam as iscas, dificilmente entrando no anzol; e quando acontece geralmente não conseguem tomar nem 5m das carretilhas armadas pras pirararas, ficando uma briga pouco esportiva. Foi então que o Jair, pescador que faz dupla com o Ivander no Pesca Terapia, amigo e cliente antigo da Amental Fishing e que havíamos acabado de conhecer, mudou o rumo da tarde. Ele saiu lá do lago do Castelinho onde estavam fazendo a pescaria de carpas e tambas no Ultra-light Amental para me levar um enorme acará amarelo ainda muito vivo pra isca. Colocamos ele no anzol e foi pro meio do lago com bóia ancorada. O resultado não foi de imediato, mas algum tempo depois a bóia some de uma vez e permanece sem aparecer, e só de ver isso o coração já virou uma bateria, porque nessa técnica dificilmente entra peixe pequeno, a linha é mais fina e a briga já começa com o peixe no meio do lago, dando muito mais chances para elas chegarem ao píer ou outros enroscos em potencial. A primeira fisgada eu acabei errando, por ansiedade mesmo, pois com a bóia ancorada e o lago muito fundo eu apenas fisguei a sobra de linha. Nem preciso dizer que quase caí pra trás com a inércia do movimento, mas assim que percebi que a rainha ainda estava na linha soltei o braço novamente, com ainda mais força e dessa vez certeira! E tooome corrida na 555, e o varejão de 3m dobrado inteiro, briga linda! Mas em pouco tempo sinto a linha raspar e o peixe diminuir a corrida, no meio do lago, onde achávamos que era limpo... Fiquei atônito com o medo de perder um belo exemplar, e não demorei muito a me decidir e entrar a nado na água atrás do adversário sujo, e por sorte consegui desenroscar sem muita dificuldade. Como costumamos dizer, só desistimos de uma pirarara depois de ver a outra ponta da linha sem o peixe; enquanto existe alguma chance, nunca desistimos. E dessa vez o esforço foi recompensado! Voltei pra margem, peguei o equipamento de volta, e pouco depois estava com a linda pirarara nos braços, e vibrando com o feito.


Depois desse peixe solto começamos a pensar nossa mudança de ponto, já que nosso local preferido, o brejo no fundo do lago próximo à “casa de barcos”, havia desocupado e seria lá nossa última noite. Mas antes ainda tivemos mais algumas ações no mesmo ponto, e o Rodrigo também não ficou pra trás e seguia capturando suas pirararas.


Nós mudamos então para o fundo do lago onde fisgamos quase todas as maiores pirararas que já pegamos por lá. É um local raso, bastante espraiado, com bastante mato na margem, lugar de caça noturna ideal para as grandes pirararas, que costumam ser mais ariscas e predadoras. Pelo mesmo motivo (raseiro) é um local muito ruim durante o dia, assim não é raro encontrá-lo desocupado mesmo com bastante gente no lago (além de ser brejo e longe da recepção, então não é uma opção pra quem busca conforto e ainda voltar pra casa limpinho, rsrs).


E ainda nem tínhamos levado toda a tralha (estávamos fazendo ainda segunda viagem) e o Daniel já engata um BIXO!! Eu estava longe e arrumando tudo pra levar, então confiei no parceiro e na ajuda do Jean que já estava chegando e conseguiu ainda gravar pro Fishingtur na TV o fim dessa briga, que segundo o Daniel já na fisgada deu certeza de ser uma das “veias”, peixe da primeira geração do Castelinho com toda certeza. Briga com menos velocidade, muita força, parece que não tem pressa e sempre sabe pra onde correr; são as donas do lago. Quando cheguei só encontrei meu sócio emocionado, cansado e encharcado, e já percebi do que se tratava. Seguem as imagens sensacionais desse peixe na luz mais bonita do dia, no fim de tarde, com Jean da Amental Fishing mostrando todo seu talento pra converter momentos como esse em fotos inesquecíveis. Deliciem-se! (como eu ao ver pela primeira vez, ainda na beira do lago na tela da máquina mesmo; realmente emocionante)


Extasiados com o reencontro, logo aquele som que tanto amamos acaba com a conversa, e tem mais pirarara na linha! Já tínhamos a certeza de termos acertado na mudança de local, e pouco tempo depois da soltura o Jean já corria pra fisgar mais uma das esfomeadas pirararas que chegaram há pouco! E estas batiam parecendo até redondos (tambas), com muita velocidade, chegando a dar dúvidas se eram mesmo pirararas. Briga árdua em cima do tablado da casa de barcos, passando a vara pelas travessas, e logo conseguimos levantá-la dali mesmo.


Peixe solto, e as ações pareciam apenas ter começado; em seguida é minha vez de brigar com mais uma bela pirarara, e em mais 30min o Daniel já engata mais uma, todas pegas na distância média de 5m (por ser raso, neste ponto pode-se ter ações de 50cm a 15m da margem numa mesma noite).


Aproveitamos então uma pequena pausa entre as ações pra pedir a deliciosa pizza que é entregue no Castelinho, já que o pesqueiro fica bem próximo da cidade. Mas nem bem havíamos acabado de comer e uma esfomeada saiu cantando com muita velocidade, e mais uma vez o Jean foi “sofrer” brigando de cima do tablado da casa de barco; esse peixe sou testemunha que deu um trabalho pesado, muito pesado. O Jean não sabia se ria de alegria ou fazia careta de esforço, e após mais algumas arrancadas violentas a linda pirarara, que parecia ser muito maior do que era, vem pros braços do pescador (provavelmente se tratava de um macho, que não cresce muito mas é mais forte e rápido que uma fêmea de mesmo tamanho).


Após a soltura a desse peixe o relógio já marcava cerca de 1h e, além de ser a última noite, o pessoal já estava bem cansado depois de tantos peixes, da mudança de ponto, e ainda de barriga cheia, assim foram descansar ali mesmo na beira do lago. Eu tentei ser forte pra não dormir de jeito nenhum na nossa última noite, mas como as ações pararam foi difícil não dar algumas famosas “pescadas” sentado mesmo. Por duas vezes acordei com o alarme das Penn cantando, mas nas duas era alarme falso, redondo roubando isca, ambos fisgados, retirados e soltos. O dia já começava a amanhecer, e com ele veio também a agonia de estar terminando nossa pescaria. Sem preguiça dei a cartada final; fui renovando as iscas e arremessando mais longe do barranco, seguindo a receita certeira das outras duas manhãs. E mais uma vez eu nem havia verificado todas as iscas ainda e uma das Penns dá o alerta! Corrida lenta, muito lenta, parecendo uma pirarara nada preocupada com competição por comida, nadando tranquilamente sem nem mesmo perceber estar levando junto nossa linha... Vara na mão, coração na boca, levo a alavanca da fricção pro strike, e tooome fisgada!! Na hora imaginei ser uma das velhas, provavelmente a única delas que estava fisgando nessa viagem; passei alguns minutos sem dar sequer uma volta na manivela, pois mesmo depois de fisgada ela manteve a natação lenta e pesada, “devagar e sempre” como fazem muitas das grandes. Já estava suando frio quando chega o auxílio dos companheiros, e na pescaria de peixe grande ter bons parceiros ajudando faz toda a diferença. Ainda ficamos nesse cabo de guerra por bons minutos, e a cada nova arrancada eu tremia inteiro de alegria pelo momento, e de medo de perder o peixe. Só quando já estava dentro d’água e com a rainha nos braços que consegui soltar o grito de alegria, momento que só quem passa sabe o que é, e inesquecível independente da experiência do pescador. Não era das maiores que já fisgamos por lá, mas ainda assim um belíssimo exemplar, extremamente saudável, vigoroso. Pirarara digna de fechar com chave de ouro uma fantástica pescaria como foi esse retorno ao Castelinho.


Encerramos aqui nossa pescaria de pirararas, mas não paramos ainda! Aproveitamos que ainda era cedo para mostrar pra vocês uma modalidade extremamente produtiva no lagão e que poucos conhecem: a pescaria de carpas húngaras no UL ou Ultra-Light. O Jean é um dos grandes especialistas na modalidade no país, sendo sua empresa Amental Fishing uma das mais renomadas no seguimento tanto na fabricação de varas específicas quanto na produção de massas. Assim sendo, é claro que não poderíamos deixar de aproveitar essa oportunidade. Pescamos um pouco durante os momentos sem ação de pirararas durante os outros dias e notamos que as carpinhas estão em enorme número, assim já imaginávamos que seria bastante produtivo, mas sinceramente não tanto. Após uma pequena ceva com a própria massa Amental, armamos apenas um conjunto pra cada um dos 3 pescadores, e o resultado foi incrível! Fisgamos dezenas, isso mesmo, dezenas de carpas húngaras (prateadas e espelhos) que variavam entre 500g e 2,5kg, pescaria extremamente esportiva com os UL. Dadas as proporções, até se assemelha a pesca de pirararas, pois são peixes de boas corridas desde que use equipamento adequado. Claro que a cada 5 carpas do Jean a gente fisgava uma e olhe lá, mas ainda assim acho que não fizemos feio, rsrsrs. Fizemos até mesmo triples, para vocês terem idéia da quantidade de carpas no lago. Seguem as fotos dessa pescaria de apenas 2-3h:


E assim encerramos, já com muita saudade, nossa pescaria no Castelinho. Agradecemos muito a todos os nossos clientes e amigos que nos cobraram muito esse retorno, e que viabilizam realizarmos nossas viagens de pesca. Ao Castelinho por ser isso tudo que é e que tentamos passar aqui. Ao Marcio David e Fishingtur em geral por ceder esse espaço e pela excelente parceria que já dura 6 anos. Ao Jean Coqui e Amental Fishing pela amizade e por mais esse grande trabalho em conjunto. Nessa pescaria também encontramos e conhecemos pessoalmente muitos clientes e leitores, e fizemos questão de pedir fotos a todos eles com suas lindas piraras pra também colocar aqui como forma de agradecimento. Seguem as fotos e também mais imagens do Castelinho.






Hábitos da Pirarara - Phractocephalus hemioliopterus Entender os hábitos da espécie que se pretende pescar pode ajudar e muito o pescador a pensar e adaptar suas estratégias de captura, assim passo aqui um pouco sobre a grande estrela dessa matéria. A Pirarara, ou cientificamente Phractocephalus hemioliopterus, pertence à família Pimelodidae, a mesma das Piraíbas, Jaús, e de quase todos os bagres. Recebe o nome do gênero devido à grande placa óssea existente no dorso após a cabeça. É um animal onívoro, essencialmente predador, e de hábitos noturnos. Pode ultrapassar os 70kg e 1,60m de comprimento. Por ter a visão muito ruim e corpo pouco ágil, durante a noite caça ativamente suas presas principalmente em locais rasos como praias, cercando e acuando até que estas não tenham mais para onde fugir. Por isso não é raro ouvir grandes estouros nas margens de pesqueiros com pirararas durante a noite, e muitas vezes inclusive se vê os peixes saltando fora d’água para fugir da imensa boca desse predador. Certa vez no Castelinho ouvimos seguidos barulhos na margem próxima da gente, e após um estouro mais forte vimos um grande curimbatá pulando NO BARRANCO em desespero pra tentar a fuga. Uma cena inesquecível, com certeza. Durante o dia permanecem mais paradas em locais profundos e ou com muita estrutura, tanto para se protegerem de predadores que tenham na visão seu ponto forte, quanto para ficarem longe da luz que não as agrada. Assim nesse período a pescaria deve ser mais ativa, buscando onde elas estão se escondendo e sempre variando muito as iscas. Grande abraço a todos e até a próxima! Felipe Naous – Biólogo e sócio da Penn Raíba Carretilhas AGRADECIMENTOS Pesqueiro Castelinho


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